Mercado imobiliário
01.fev.2016
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A segurança e o mercado imobiliário

Violência é determinante na escolha de um bairro?

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Será que é o caso de se generalizar com relação à segurança? Um bairro pode ser muito menos valorizado - ou mais - que outro em razão dos índices de violência que ele registra? Em recentes matérias, a grande imprensa vem destacando quais são os bairros mais violentos e mais seguros da cidade. São divulgações de extratos de levantamento de números da Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo que mostram os números de assaltos, homicídios, latrocínios etc. que o Estado e a Capital tiveram em 2015.

Não vem ao caso destacarmos um ou outro bairro ou cidade aqui neste texto, pois não é o objetivo deste espaço. Cabe, sim, analisar outro ponto: até que ponto números positivos ou negativos da violência podem interferir no momento da compra de um imóvel?

Hoje, quem procura uma imóvel para comprar tem de pensar em diversos fatores, além do preço, capacidade de honrar compromisso, financiamento. Aliás, esses são fatores secundários diante de outras preocupações. Tipo do imóvel, infraestrutura, facilidades, itens de lazer e, clero, segurança, são os primeiros a se pensar.

Hoje, não só o bairro, a rua e suas facilidade contam, a vizinhança é preponderante. Estar perto de lugares seguros, em prédios com segurança 24 horas, entradas automatizadas, circuito interno de TV etc. são itens que fazem parte da busca do imóvel perfeito. Razão disso, por exemplo, o boom dos prédios a partir da década de 1970, que foram substituindo o sonha da "casa própria" e mudando para o "apartamento próprio".

Para um empreendedor não basta ter um condomínio bem estruturado, ele tem de estar bem localizado, em uma vizinhança segura. Para ilustrar, uma história sem citar nomes e lugares. No final da década de 1990 uma grande incorporadora lançou um prédio moderno, com todos os requisitos de lazer e conforto que um médio/alto padrão pode oferecer, mas que não se vendia bem. Ao analisar o feedback dos interessados percebeu que o entorno não era atrativo, muito pelo contrário. Casas antigas e mal conservadas faziam com que se passasse a impressão aos potenciais compradores de um bairro decadente, até perigoso.

O que fez a empresa? Entrou em contato com todos os moradores do entorno e providenciou a reforma de todas as casas vizinhas sem qualquer custo aos proprietários. O resultado: a vizinhança ficou linda, moderna e passou a ser vista com menos "medo". Os vizinhos viram no condomínio um parceiro e passaram a ter simpatia por ele.

Ou seja, respondendo o questionamento do texto, sim, um índice ruim com relação à segurança pode fazer uma região ser desinteressante ou mesmo desvalorizar, desmotivar e fadar um empreendimento ao fracasso. Mas não necessariamente. Hoje, não há no País um lugar ou tipo de empreendimento 100% seguro, mas há como fazer chegar o mais perto disso.

Não se pode generalizar com relação aos índices de bairros tidos como violentos, pois há ilhas de prosperidade e segurança. Cabe ao empreendedor, vendedor e comprador entenderem isso, analisaram os dados, as notícias e tirar o melhor para si. O setor precisa que isso seja uma realidade diária e tem feito o máximo para que isso aconteça. Resta que o poder público também faça a sua parte, promovendo a segurança, sossego e paz que tanto se almejam.


Fonte:
SP Imóvel
O Portal de Imóvel em São Paulo de São Paulo
www.spimovel.com.br/
Equipe de Jornalismo
Grupo de Portais Imobiliários
SP Imóvel
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