Sair do aluguel e comprar a casa própria é o maior sonho de milhares de brasileiros. O sonho do brasileiro de ter a casa própria sempre existiu e sempre vai existir. A moradia é uma necessidade básica na vida.
O financiamento imobiliário é a alternativa econômica mais utilizada pelos brasileiros na compra da casa própria.
Porém, a aquisição de um imóvel, é algo que precisa ser analisada com cautela, pois existe uma série de detalhes a ser estudada. A burocracia existente na compra de um imóvel gera inúmeras dúvidas e, muitas vezes, as pessoas desistem de adquirir um imóvel por não saber por onde começar.
E para não deixar você desistir do seu sonho, de conquistar a casa própria, o Grupo SP Imóvel preparou um material especial sobre Como Financiar o Primeiro Imóvel.
- Verifique o seu limite de crédito
“O primeiro passo é fazer uma simulação bancária para avaliar as condições de financiamento que o futuro comprador vai conseguir, isso inclui o limite de crédito de financiamento, dependendo da renda apresentada e entrada disponível”, explica Bruno Gama, CEO da CrediHome.
Ou seja, o primeiro passo, é procurar as instituições bancárias e verificar o seu limite de crédito, assim, não corre o risco de ter o seu financiamento negado. Sendo assim, é possível ter uma noção do valor do imóvel que você pode procurar dentro do seu orçamento.
- Veja se possui restrição ao crédito
Para garantir aprovação do seu financiamento imobiliário é muito importante não apresentar nenhuma
restrição ao crédito, o famoso “nome sujo”.
Um comprador com restrição ao crédito, normalmente, não conseguirá financiar um imóvel porque a instituição bancária não vai querer arriscar emprestar dinheiro para esse cliente e correr o risco dele não pagar as prestações e ficar inadimplente.
“Pequenos apontamentos de crédito não costumam dar problema, mas grandes dívidas podem impactar a aprovação do seu crédito. É interessante checar a situação anteriormente ao pedido de crédito e já encaminhar as soluções possíveis”, comenta Bruno Gama, CEO da CrediHome.
Para avaliar as condições de pagamento do solicitante do crédito, um dos requisitos que os bancos levam em consideração para aprovar ou negar o financiamento imobiliário é a pontuação do score deste cliente.
Portanto, a pontuação do
score é muito importante para quem deseja financiar um imóvel, pois se ele estiver muito baixo, a instituição bancária pode não liberar o crédito imobiliário. Lembrando que outros fatores também são levados em conta para aprovação do financiamento, como relacionamento com o banco, a renda mensal e eventuais pendências jurídicas.
De acordo com a SERASA, a pontuação pode variar de 0 a 1.000 pontos. Entre 300 e 700 pontos são considerados de risco médio, e entre 700 e 1.000, de risco baixo de inadimplência. Portanto, quanto mais próximo o seu score estiver de 1.000 pontos, será ideal para aprovação do crédito imobiliário e significará o quanto você é um bom pagador. E no financiamento imobiliário, a pontuação do score para conseguir o crédito é de no mínimo de 700 pontos.
- Analise o orçamento familiar
A aquisição de uma casa é um investimento de longo prazo, e, como na maioria dos casos, às pessoas adquirirem imóveis através do financiamento imobiliário, significa que comprometerá pelo menos 30% da renda mensal da família por um longo período. E isso, pode levar em média de 30 a 35 anos para quitar o saldo devedor.
Um dos principais fatores que as instituições bancárias levam em consideração na análise do seu crédito é o comprometimento da sua renda. A prestação do imóvel financiado não pode exceder 30% da sua renda bruta
Por isso, para comprar a sua casa própria é importante ter um planejamento financeiro. "Os interessados na aquisição de um imóvel precisam ter ciência que é uma compra de longo prazo e que gera custos extras. Por isso, o planejamento é fundamental", orienta a consultora financeira do Site Minhas Finanças em Ordem, Suyen Miranda.
Faça um fluxo de caixa da renda familiar e os recebimentos futuros, abater as despesas particulares como cartão de crédito, alimentação, combustível, estudos que sejam necessárias para os próximos anos. Assim é possível obter uma boa perspectiva da capacidade de pagamento das prestações do financiamento imobiliário, e assim, evitar a inadimplência, já que pode ocasionar em alta na taxa mensal.
- Renda Compatível
Ao decidir entrar no financiamento é preciso
comprovar a renda, ou seja, provar a sua capacidade financeira de pagar as prestações em dia. Na maioria dos casos, a composição da renda é feita entre dois ou mais compradores. Contudo, não é permitido ultrapassar os 30% da renda mensal dos participantes.
Por exemplo, se você possui uma renda de R$ 2.000,00, é possível comprometer R$ 600,00 por mês para o financiamento imobiliário. Porém, se somar a renda com outra pessoa, como do seu cônjuge, por exemplo, sendo este também possui uma renda de R$ 2.000,00, então, 30% de R$ 4.000,00, a margem salta para R$ 1.200,00, permitindo assim, o financiamento de um imóvel de maior valor.
No entanto, muitas vezes, a renda do comprador não é compatível com o valor do imóvel e aí sim pode reprovar o crédito imobiliário, por isso, é importante realizar simulações do financiamento nos sites das instituições financeiras e verificar as normas, já que cada banco possui sua regra.
Nesta simulação também é verificar o valor de entrada, valor máximo do financiamento e o valor das prestações mensalmente.
“No Brasil, a gente sabe que tem muita gente que possui renda informal, então, não significa que necessariamente, a pessoa vai ter a renda suficiente e que ela vai conseguir a aprovação do crédito. Às vezes, não vai conseguir por não ter a documentação necessária. Também é reprovado do financiamento por questão cadastral, valor da renda, consistência da renda e o score do cliente”, explica Marcio Palladino, Fundador do BuscaCredi ®.
- Pesquise as melhores taxas em vários bancos
Na hora de escolher o banco ideal para financiar a casa própria é preciso estudar todas as condições, portanto, faça simulações do financiamento imobiliário nas instituições bancárias. É muito importante ficar atento com o valor das taxas de juros, pois são determinantes para indicar o custo do financiamento. Uma taxa de juros mais alta será o suficiente para aumentar o valor da prestação e, consequentemente, o montante final que você terá de pagar.
O nível de relacionamento do cliente com o banco interferirá na cota e taxa de juros da contratação do crédito imobiliário. Ou seja, por isso, é importante consultar mais de uma instituição bancária e avaliar as melhores alternativas de financiamento.
E na hora de financiar um imóvel, normalmente, as pessoas avaliam apenas as taxas de juros oferecidas pelos bancos, porém, esse pode ser o maior erro. Pois, nem sempre com a taxa de juros mais baixa, o financiamento ficará mais barato, pois pode ser que as taxas de administração, tarifa de contratação/documentação e seguros envolvidos são mais caros.
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- Planeje-se para pagar a entrada do financiamento imobiliário
Normalmente, os bancos financiam 80% do valor do imóvel, ou seja, os 20% é a entrada que é de responsabilidade do comprador pagar à vista, com recursos próprios. Por exemplo, um imóvel avaliado em R$ 400 mil, os bancos financiam no máximo o valor de R$ 320 mil, requerendo uma entrada de R$ 80 mil.
Por isso, mais uma vez, o planejamento financeiro é importante. Uma opção muito utilizada para compor o valor da entrada é utilizar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o famoso FGTS.
O saldo do FGTS pode ser utilizado para: comprar imóvel, dar como entrada do financiamento imobiliário, para amortizar o saldo devedor ou ainda para o pagamento de prestações. Também é possível usar na construção de um imóvel. Mas não é permitido usar o FGTS para reformar e ampliar o imóvel.
- Despesas extras
Em meio a tanto planejamento financeiro, voltado para a compra de um imóvel, é necessário que você tenha em mente que, além de guardar dinheiro para a entrada do financiamento, é necessário reservar uma quantia para as documentações da compra da propriedade, que podem variar de região para região, e também, de acordo com o valor do imóvel. Os gastos extras com documentação são referentes a:
• ITBI - Imposto de Transmissão de Bens
• Registro do imóvel
• Taxas bancárias
O ITBI é um tributo regulamentado por legislação municipal e deve ser pago sempre que acontece a compra de um imóvel. O recolhimento deste imposto é de responsabilidade do comprador do imóvel. Seu valor varia de cidade para cidade. Em São Paulo, por exemplo, o valor cobrado pode chegar a 3% do preço do imóvel.
Já a taxa de registro do contrato é paga no Cartório de Registro de Imóveis correspondente ao imóvel financiado. Esses custos são possíveis incluir no valor financiado.
A boa notícia para quem está comprando o primeiro imóvel pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) tem desconto de 50% nessa taxa.
- Assessoria para Financiamento Imobiliário
Sempre procure por profissionais e empresas experientes que possam auxiliar a compra do imóvel. E uma alternativa interessante para financiar um imóvel é contar com uma
assessoria para financiamento imobiliário. A empresa especializada no crédito imobiliário dará todo o suporte e orientação necessária de uma forma ágil e segura, ela será a intermediadora entre o cliente e o banco.
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