Financiamento
Atualizado em: 21.jun.2024
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Copom decide manter a Selic em 10,50%. Qual impacto no mercado imobiliário?

Veja como fica o financiamento de imóveis nos principais bancos

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Após sete reduções seguidas na taxa básica de juros brasileira, a Selic, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) decidiu fazer uma pausa no ciclo de cortes de juros na última quarta-feira, 19 de junho e manter a taxa básica de juros da economia em 10,50%. Com essa decisão, foi a primeira interrupção do movimento de queda dos juros iniciada em agosto do ano passado.

O Comunicado emitido pelo Copom após a reunião destacou um cenário global mais desafiador e indicou que, para enfrentar um ambiente inflacionário mais duradouro, as taxas de juros internacionais deverão permanecer elevadas por um período prolongado.

O Copom está observando atentamente os riscos que podem impactar a inflação, tanto para cima quanto para baixo, e está consciente das incertezas econômicas atuais. A política fiscal do governo é um fator importante que pode influenciar a política monetária, e a credibilidade dessa política fiscal é crucial para a estabilidade econômica. O Copom adota uma postura cautelosa para garantir que a inflação permaneça sob controle, considerando todos esses fatores.

Em nota divulgada pelo Banco Central, o Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela.

“O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; e uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.  O Comitê avalia que as conjunturas doméstica e internacional seguem mais incertas, exigindo maior cautela na condução da política monetária.

O Comitê monitora com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, diz o texto.

Há uma preocupação de que a inflação global continue elevada por mais tempo do que o esperado. Isso pode ser devido a diversos fatores, como aumento nos preços das commodities, problemas nas cadeias de suprimentos, ou tensões geopolíticas que afetam o comércio internacional. Se essas pressões persistirem, a inflação no Brasil pode aumentar, mesmo que os fatores internos estejam controlados, porque os preços de produtos importados e insumos industriais podem subir.
 
Se a economia global desacelerar mais do que o previsto, a demanda por produtos e serviços pode cair, reduzindo as pressões inflacionárias.

Isso pode ajudar a reduzir a inflação no Brasil, já que os preços de produtos importados e commodities podem diminuir.

O Copom destaca que tanto a economia doméstica quanto a internacional estão em situações incertas, o que requer cautela na política monetária. Mudanças rápidas ou inesperadas nesses cenários podem afetar a inflação e a economia brasileira de maneiras difíceis de prever.

Ainda de acordo com o comunicado, o Copom está atento a como as recentes decisões sobre gastos e receitas do governo (política fiscal) estão afetando a política monetária e os mercados financeiros. Políticas fiscais expansivas (aumento de gastos públicos ou redução de impostos) podem pressionar a inflação, exigindo ajustes na política monetária (como aumento da taxa de juros) para manter a inflação sob controle.
 
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 10,50% pode ter vários impactos no mercado imobiliário. Aqui estão alguns dos principais efeitos:
 

1. Custo do Financiamento Imobiliário:

 
Manutenção das taxas de juros: Com a Selic mantida, as taxas de juros dos financiamentos imobiliários tendem a permanecer estáveis. Isso significa que o custo de tomar empréstimos para comprar imóveis não aumentará, o que pode favorecer tanto compradores quanto construtoras.
 
Acessibilidade: Com as taxas de financiamento estáveis, os compradores podem continuar a ter acesso ao crédito imobiliário com condições semelhantes às anteriores, o que pode ajudar a manter a demanda por imóveis.
 

2. Expectativas do Mercado:

 
Confiança do Consumidor: A estabilidade da taxa de juros pode ser vista como um sinal de estabilidade econômica, o que pode aumentar a confiança do consumidor. Consumidores mais confiantes são mais propensos a investir em grandes aquisições, como imóveis.
 
Investimento no Setor: Investidores podem ver a manutenção da Selic como um indicativo de que o Banco Central está satisfeito com o controle da inflação e a estabilidade econômica, o que pode incentivar investimentos no setor imobiliário.
 

3. Inflação e Poder de Compra:

 
Controle da Inflação: A manutenção da Selic pode ajudar a manter a inflação sob controle. Uma inflação baixa e estável preserva o poder de compra das famílias, o que é positivo para o mercado imobiliário, já que compradores potenciais terão mais segurança para investir em imóveis.
 
Renda Real: Se a inflação estiver controlada, a renda real das famílias tende a ser preservada, possibilitando maior capacidade de poupança e investimento em imóveis.
 
 

Qual é o impacto da queda na taxa Selic no financiamento imobiliário?

 

A imagem retrata a dinâmica do mercado imobiliário em meio à redução da taxa Selic. A cena mostra uma pessoa com lápis na mão e uma calculadora, simbolizando a crescente demanda por financiamentos imobiliários com a queda das taxas de juros e pelas condições favoráveis para o crédito imobiliário.

Crédito da foto: Freepik


O principal efeito da Selic sobre o financiamento imobiliário é a redução dos juros cobrados pelas instituições financeiras. A taxa Selic serve de referência para diversas operações de crédito no país, incluindo os financiamentos imobiliários. Portanto, quando a Selic cai, os bancos também reduzem as suas taxas de juros para manter a competitividade no mercado.


Essa diminuição dos juros no financiamento imobiliário torna os empréstimos mais atrativos para os potenciais compradores. Com taxas de juros menores, o custo do financiamento se torna mais acessível, o que estimula a demanda por crédito para aquisição de imóveis. Como resultado, o mercado imobiliário tende a aquecer, impulsionando a construção civil e a venda de unidades habitacionais.


Outro fator importante a ser destacado é que a queda da taxa Selic também pode influenciar positivamente o valor das parcelas do financiamento imobiliário. Com a redução dos juros, as prestações podem diminuir, tornando o pagamento das parcelas mais suave e facilitando a vida do comprador.


Além disso, a queda da taxa Selic pode beneficiar os proprietários de imóveis que já possuem financiamentos em andamento. Isso porque muitos contratos de financiamento imobiliário estão atrelados a índices de correção, como a TR (Taxa Referencial) ou o IPCA (Ìndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Com a redução dos juros, a tendência é que esses índices também diminuam, aliviando o peso das parcelas para quem já está pagando um financiamento.


Contudo, é importante destacar que a queda da taxa Selic pode ter um impacto mais significativo nos financiamentos de longo prazo, como os realizados em 20, 25 ou 30 anos, em comparação com prazos mais curtos.

 

“Fica excelente para o Mercado Imobiliário. A tendência é que aumente a procura por imóveis, seja para compra à vista ou financiada. Muitos clientes com perfil para financiamento estão na expectativa de baixa da taxa de juros para aquisição do imóvel, porém isso não acontece de imediato, como eles imaginam. Mesmo com a taxa da SELIC caindo, os bancos podem ter custos associados à captação dos recursos realizados anteriormente que não reduzem na mesma proporção, além do principal problema atualmente que é a escassez de funding”,  Carla Ávila, Correspondente Bancária e Founder da Carla Financia.

 

Simulação no financiamento imobiliário

O Grupo SP Imóvel realizou uma simulação de crédito nas principais instituições bancárias com prazo máximo de até 30 anos, sistema de amortização constante (SAC), correção anual pela TR e com renda mensal de R$ 15.000,00.

 

Compra de Imóvel Usado em São Paulo de R$ 500 mil
Entrada de R$ 100 mil (20%)
Financiado por 360 meses (30 anos)
Sistema de Amortização: SAC
Correção anual pela TR (Tabela Referencial)
Bancos Taxa de
Juros Efetiva 
a.a.
CET
Custo
Efetivo Total
a.a.
1ª  Parcela Última
Parcela
Total do Financ.
Caixa Econômica 10,06% 10,84% R$
4.390,13
R$ 1.132,66 R$
1.036.375,51
Itaú 10,99% 11,82%

R$
4.763,81

R$ 1.145,81 R$
1.094.800,24
Bradesco 11,69%  12,53% R$
4.938,23
R$ 1.146,00 R$
1.133.980,90
Santander 11,59% 12,25% R$ 4.936,94 R$ 1.147,47 R$1.148.383,13
Banco do Brasil 11,28% 12,05% R$
4.778,98
R$ 1.146,32 R$
1.117.462,34
Simulações realizadas em junho de 2024

 

O Grupo realizou uma simulação detalhada de crédito nas principais instituições bancárias, visando auxiliar potenciais compradores a entenderem o valor das parcelas de financiamento imobiliário. Considerando um imóvel no valor de R$ 500 mil, foi utilizado um prazo máximo de até 30 anos para o financiamento, juntamente com o sistema de amortização constante (SAC) e correção anual pela Taxa Referencial (TR).

 

 

Devo esperar os juros baixar mais para comprar imóvel financiado?
 

De acordo com especialistas do ramo, a Selic não deve voltar ao patamar de 2% nos próximos anos, pela expectativa atual do mercado, a taxa básica de juros chegaria aproximadamente em 9%, porém em 2025.


A redução da taxa de juros (Selic) não implica em uma queda imediata no custo dos financiamentos imobiliários. Esse processo leva alguns meses para se concretizar, pois as instituições financeiras precisam ajustar suas políticas de crédito e reavaliar o cenário econômico.


O efeito da diminuição da Selic no financiamento imobiliário se torna mais perceptível para os consumidores quando a taxa básica de juros atinge um patamar de um dígito, ou seja, abaixo dos 10%. Isso acontece porque os bancos e instituições financeiras, ao longo do tempo, gradualmente reavaliam e ajustam suas taxas de juros para refletir a nova realidade econômica.

 

“A sugestão é que o comprador/investidor aproveite o momento agora para adquirir seu imóvel, que o valor ainda está baixo, porque geralmente sobe após a queda dos juros e se for o caso, posteriormente ele terá a opção de fazer a portabilidade do financiamento, aproveitando as duas oportunidades. E o mais o mais importante! Independe da movimentação do Mercado ou da taxa de juros, o cliente precisa observar se o que ele deseja cabe em seu orçamento mensal, se está dentro da sua capacidade financeira e para isso, contar com o apoio de uma Especialista faz toda a diferença”, completa Ávila.



É hora de comprar imóvel financiado?

 

Uma pessoa segurando uma casa modelo com pilhas de moedas em primeiro plano, simbolizando investimento imobiliário, propriedade de uma casa ou poupança para uma casa.

Crédito da Foto: Freepik


A queda da Selic, mesmo que ainda não seja uma queda imediata no custo dos financiamentos imobiliários, essa é uma boa notícia para quem está de olho na casa própria. O setor se beneficia muito da confiança do consumidor.

 
E com a queda da Selic, os avanços nos índices de confiança, as pessoas consomem mais. Com mais consumo, as empresas vendem mais. Tudo isso faz a economia girar. Com isso, o consumidor conquista a compra da casa própria e consegue o crédito para o financiamento imobiliário.


Para quem está pensando em comprar a casa própria, o custo do financiamento é uma questão fundamental. E isso significa que vai comprometer pelo menos 30% da renda mensal da família por um longo período. E isso, pode levar em média de 30 a 35 anos para quitar o saldo devedor.


Aproveite e confira nossas matérias:

Taxas de Juros do Financiamento Imobiliário na Caixa Econômica
Taxas de Juros do Financiamento Imobiliário no Itaú
Taxas de Juros do Financiamento Imobiliário no Bradesco
Taxas de Juros do Financiamento Imobiliário no Santander
Taxas de Juros do Financiamento Imobiliário no Banco do Brasil

 

O sonho do brasileiro de ter a casa própria sempre existiu e sempre vai existir. A moradia é uma necessidade básica na vida. Porém, as pessoas devem estar atentas às possibilidades e as condições, além de buscar uma boa oportunidade de negócio


A compra de um imóvel não pode ser feita com uma visão imediatista, se a família achar um bom negócio para comprar um imóvel, e estiver dentro do orçamento mensal desta família, deve-se sim aproveitar essa oportunidade.
 


“A Selic realmente chegou ao patamar histórico e bastante gente comprou. Mas também conheço muita gente que não comprou, justamente por conta dessa história, vou esperar um pouco mais, vou esperar baixar mais e não baixou. Então, o momento é agora e se o cliente ficar esperando muito tempo, a tendência é ele não conseguir comprar”, comenta a correspondente bancária, Débora Pezzotti.



O comprador precisa analisar e ponderar o que é mais negócio no momento. Surgiu uma ótima oportunidade para comprar um imóvel, mas a taxa de juros não é uma das mais baratas e a parcela do financiamento ficará mais cara, mas, por outro lado, o imóvel está mais barato.


Ou esse comprador precisa esperar a taxa de juros diminuir para encarar o financiamento imobiliário e ter uma parcela mensal mais conta, porém o valor do imóvel também ficará mais caro.


Ainda de acordo com especialistas da área, dificilmente, terá um cenário perfeito da baixa da taxa de juros e o imóvel mais barato, até mesmo porque, quando a taxa de juros cai muito, o valor do imóvel sobe mais ainda porque as pessoas querem comprar o imóvel, porque o imóvel está rendendo mais do que o dinheiro no banco.


Segundo especialistas, mesmo que o comprador pegou uma taxa um pouco mais alta no financiamento imobiliário e passado dois anos, essa taxa apresentou queda, uma alternativa para essas situações é a Portabilidade do seu crédito imobiliário e negociar uma taxa melhor.


Mas vale lembrar, que a pessoa que ao decidir fazer a portabilidade do financiamento imobiliário terá que colocar tudo na ponta do lápis e verificar se a nova oferta vai valer a pena, pois a grande vantagem da portabilidade é a redução dos custos e só vai compensar trocar de banco se no final você gastar menos.

 

Acesse aqui confira o artigo completo sobre Portabilidade do Financiamento Imobiliário.

 

Fonte:
SP Imóvel
O Portal de Imóvel em São Paulo de São Paulo
www.spimovel.com.br/
Equipe de Jornalismo
Grupo de Portais Imobiliários
SP Imóvel
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