Presidente do Secovi avalia medida e impacto no mercado
Na última quarta-feira, 11 de janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou redução de 0,75 ponto percentual na Taxa Selic, juros básicos de referência da economia, que passou de 13,75% para 13% ao ano. "É muito positivo esse corte na taxa de juros, porque reafirma a preocupação do Banco Central em reativar a economia e estimular a geração de empregos. Mas, particularmente para o mercado imobiliário, a medida é insuficiente", avalia o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary.
O dirigente acredita que a desaceleração da inflação e a queda dos juros são medidas necessárias para o crescimento da economia, mas não são suficientes para a recuperação do mercado imobiliário. Para Amary é preciso de medidas conjuntas para alavancar o setor.
"Sozinhas, elas não funcionam para a indústria imobiliária, cuja atividade é de longo prazo e dependente do custo do crédito. Somente com dinheiro "barato" os empresários conseguirão lançar novas unidades com segurança e em larga escala, e os compradores tomar empréstimo financeiro com confiança. Precisamos de um conjunto de propostas", ressalta o presidente.
Entre os projetos do dirigente é ampliar os itens da pauta de melhorias necessárias para o desenvolvimento do setor, como criar a faixa 4 do Programa Minha Casa, Minha Vida, diminuir a burocracia na análise de processos de licenciamento ambiental de empreendimentos e criar regras claras para os distratos. "Esperamos o avanço dos projetos de lei protocolados tanto na Câmara quanto no Senado que tratam desses temas e para os quais o Secovi-SP apresentou diversas sugestões", conclui.