Comprar um imóvel é o maior sonho dos brasileiros. A aquisição de uma casa é um investimento de longo prazo, e na maioria dos casos, às pessoas adquirirem imóveis através do financiamento imobiliário. E isso significa que a pessoa interessada vai comprometer pelo menos 30% da renda mensal da família por um longo período. E isso, pode levar em média de 30 a 35 anos para quitar o saldo devedor.
Diante deste investimento de longo prazo, é neste momento que, muitas vezes, as pessoas ficam na dúvida se devem comprar imóvel financiado ou se devem esperar as taxas de juros baixarem?
Aí que entra o maior erro das pessoas. De levar em consideração apenas as taxas de juros e esquece-se de levar em consideração os preços dos imóveis e sua valorização com o decorrer dos anos. E, muitas vezes, deixam escapar uma boa oportunidade de realizar o sonho da casa própria.
“Nós temos taxas mais altas se comparado a este período dos últimos dois anos. Mas a taxa ainda é boa. Então, qual é o momento de comprar? É agora. Qual é o momento de comprar? É o momento onde esse comprador está preparado. Porquê? Anos atrás, 2016, por exemplo, nós tínhamos taxas de 12% a.a.. Tinha taxas em que bancos mais flexíveis ofertavam para clientes a 14% a.a. E é bem verdade que tem cliente que não se importa com a taxa de juros, ele quer saber quanto ele tem que dar de entrada e se a parcela cabe no bolso dele”, declara a correspondente bancária, Débora Pezzotti.
Nos últimos dois anos, 2020 e 2021, o mercado imobiliário apresentou taxas de juros bem atrativas para comprar a casa própria através do financiamento imobiliário, pois além da TR, zerada desde 2007, a Selic, taxa básica de juros da economia, chegou ao menor patamar histórico quando atingiu 2% ao ano.
Com esses estímulos, cresceu o número de financiamento de imóveis. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), entre janeiro e setembro de 2020, foram financiadas aquisições e construções de 279,1 mil unidades, resultado 34,4% maior que o mesmo período de 2019.
Porém, já no ano passado, o Banco Central, para controlar a inflação, deu início à série de altas da Selic. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. Porém, ela ultrapassou o teto definido, ou seja, toda vez que a Selic passa de 8,5% a.a., a poupança passa a render um valor fixo que é 6,17% a.a. Portanto, a taxa de juros com rendimento da poupança será formada com a variável de 6,17% + o valor fixo + TR.
“A Selic realmente chegou ao patamar histórico e bastante gente comprou. Mas também conheço muita gente que não comprou, justamente por conta dessa história, vou esperar um pouco mais, vou esperar baixar mais e não baixou. Então, o momento é agora e se o cliente ficar esperando muito tempo, a tendência é ele não conseguir comprar”, comenta a correspondente bancária.
O comprador precisa analisar e ponderar o que é mais negócio no momento. Surgiu uma ótima oportunidade para comprar um imóvel, mas a taxa de juros não é uma das mais baratas e a parcela do financiamento ficará mais cara, mas, por outro lado, o imóvel está mais barato.
Ou esse comprador precisa esperar a taxa de juros diminuir para encarar o financiamento imobiliário e ter uma parcela mensal mais conta, porém o valor do imóvel também ficará mais caro.
Ainda de acordo com especialistas da área, dificilmente, terá um cenário perfeito da baixa da taxa de juros e o imóvel mais barato, até mesmo porque, quando a taxa de juros cai muito, o valor do imóvel sobe mais ainda porque as pessoas querem comprar o imóvel, porque o imóvel está rendendo mais do que o dinheiro no banco.
Uma opção, que talvez, pode ser uma alternativa para essas situações é a Portabilidade.
Por exemplo, comprou imóvel com uma taxa alta e no futuro a taxa de juros ficou mais barata, você poderá fazer a portabilidade do seu Crédito Imobiliário para outra instituição bancária, assim, poderá reduzir as taxas de juros do financiamento.
Mas vale lembrar, que a pessoa que ao decidir fazer a portabilidade do financiamento imobiliário terá que colocar tudo na ponta do lápis e verificar se a nova oferta vai valer a pena, pois a grande vantagem da portabilidade é a redução dos custos e só vai compensar trocar de banco se no final você gastar menos.
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O comprador quando vai financiar um imóvel ele se depara muitas vezes com muitas taxas de juros que muitas vezes não sabe o que é importante analisar ou não. Segundo a correspondente bancária, Débora Pezzotti, a taxa de relacionamento é bastante importante porque se for aprovado na taxa balcão, ele pode fazer um relacionamento para reduzir. “Mas ao optar por esse relacionamento, ele precisa entender se está tendo lucro ou não. Se ele for correntista ele tem uma taxa reduzida, mas qual é o valor da cesta de serviço que terá que pagar mensalmente, isso terá que entrar na conta dele.”
Pezzotti também alerta para a análise dos seguros que foram incluídos nas parcelas do financiamento. “Hoje quando falamos de caixa econômica federal, por exemplo, são quatro opções que o cliente tem. É bem verdade que cada seguro contempla alguma coisa diferente. Então, não pode ser só o mais barato ou mais caro. Ele precisa estar ciente disso. Mas, tudo isso, compete a ele com informações assertivas para colocar na ponta do lápis e ver o que de fato ele está pagando.”
A aquisição de um imóvel é algo que precisa ser analisada com cautela, pois existe uma série de detalhes a ser estudada e exige muito planejamento. Por isso, é muito importante realizar simulações do financiamento imobiliário nos sites dos principais bancos, assim é possível ver quais instituições oferecem as melhores taxas do crédito imobiliário de acordo com o seu perfil. Nessas simulações é possível ter uma previsão das taxas de juros, seguros, amortização e dos valores das parcelas mensalmente.
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