Os especialistas acreditam que 2017 seja o ano da retomada do mercado imobiliário. O setor já mostra sinais de recuperação com a queda da inflação e dos juros. Fatores esses que incentivam o consumidor a investir na casa própria, pois as condições para o financiamento estão mais em conta.
O ramo imobiliário é impactado diretamente pela economia do país. O ano de 2016 foi marcado pela
"Crise da Confiança" e o setor é um mercado que se beneficia muito da confiança do consumidor, pois ninguém compra imóvel quando se está com medo de perder o seu emprego. Os juros elevados encarece a parcela do financiamento, inflação alta, desemprego e restrição do crédito estão entre os principais fatores que fizeram com que os consumidores adiassem a decisão da compra do próprio imóvel.
Por isso, comprar imóvel é uma atividade que demanda confiança, pois, normalmente, é uma aquisição que as pessoas fazem ao longo da vida e que leva cerca de 20 a 30 anos para quitar o saldo do financiamento imobiliário. E à medida que a economia se recupera, o consumidor se sente mais seguro para investir em imóveis.
Para a consultora financeira do site
Minhas Finanças em Ordem, Suyen A. Miranda, o mercado imobiliário é sempre uma alternativa de investimento, pois os imóveis sempre valorizam e são garantia de investimento.
"Nossa cultura brasileira tem o imóvel como o principal elemento do patrimônio e por vezes é o único. Hoje temos ainda resquícios de um momento de crise econômica que abaixou o valor dos imóveis, porém dentro de uma perspectiva realista - tivemos uma bolha imobiliária com preços astronômicos e agora o mercado vem se equilibrando para atender aos mais variados bolsos."
Além do mais, o déficit habitacional é muito grande no país. As pessoas sonham com a casa própria. Tem aqueles que vão se casar e vão sair da casa dos pais e buscam o seu próprio lar. Tem o casal que se separa e uma das partes precisa de um novo lugar para morar e tem aqueles que a família vai aumentar com a chegada de uma criança e muitas vezes precisam de uma casa maior. Ou seja, independente de qualquer crise, o
mercado imobiliário será sempre um investimento rentável.
"Para quem quer investir adquirindo imóveis sejam residenciais ou comerciais, negociar boas condições e preço é palavra de ordem e algo muito esperado, e para quem está do outro lado do balcão, na venda, vale lembrar que pequenos detalhes na conservação e visão de médio e longo prazo podem auxiliar muito no giro de sua propriedade. É importante lembrar que imóveis devem fazer parte de uma carteira de investimentos e mesmo em se tratando do retorno locatício, traz dividendos que permitem retorno do investimento no longo prazo e a manutenção do bem", explica Miranda.
Os sinais de melhora do mercado também animam as construtoras que apostam em um novo cenário, os lançamentos habitacionais do segmento popular.
"Estamos vendo aumentar um pouco a confiança da população. Acredito que se essa confiança persistir, em 2017, nós teremos a retomada do mercado", declarou Milton Bigucci, presidente da
Construtora MBigucci.
A diretora de
incorporação da MPD, Débora Bertini, está otimista para a retomada do mercado imobiliário em 2017.
"O ano passado foi um período de incertezas como um todo, mas acredito que uma mudança efetiva deve acontecer em 2017, até porque a decisão de compra do nosso setor é algo muito planejado. Uma série de alterações econômicas e políticas ainda está em andamento, e esse cenário certamente se estenderá um pouco mais, mas a expectativa da MPD é de estabilização do mercado imobiliário e retomada de confiança dos consumidores. Estou otimista que nos próximos meses o mercado deverá voltar a esquentar."
Espera-se um ano de crescimento e de bons negócios tanto para os consumidores que desejam realizar o sonho da casa próprio, quanto dos investidores, acompanha um momento de maior disponibilização de crédito e financiamentos imobiliários.
"Os imóveis são excelentes alternativas para todos os públicos, seja quem está começando com o primeiro imóvel como para quem já tem experiência e uma carteira expressiva", completa a consultora.
< Post Anterior
Venda de Imóveis usados fecha 2016 com alta de 74%
Próximo Post >
São Paulo comemora 463 anos