No complexo mundo do financiamento imobiliário, dois termos frequentemente causam confusão: CET e CESH. Ambos desempenham papéis essenciais na compreensão do custo total de um empréstimo para aquisição de imóveis, mas representam aspectos distintos do processo.
E na hora de financiar um imóvel, normalmente, as pessoas avaliam apenas as taxas de juros oferecidas pelos bancos, porém, esse pode ser o maior erro. Pois, nem sempre com a taxa de juros mais baixa, o financiamento ficará mais barato, pois pode ser que as taxas de administração, tarifa de contratação/documentação e seguros envolvidos sejam mais caros.
A parcela do Financiamento Imobiliário é composta pelas taxas de: amortização, juros, tarifa de administração mensal e de Seguro.
O Custo Efetivo Total (CET) é uma medida abrangente que engloba todos os custos associados a um financiamento, incluindo juros, taxas administrativas e seguros.
Por exemplo, você precisa de um empréstimo para financiar um imóvel e procurar o Banco A e o Banco B.
O Banco A oferece uma taxa de juros de 6% ao ano e o Banco B oferece uma taxa de juros de 7% ao ano. Parece que a oferta do Banco A é mais interessante, né?
Mas ao analisar as propostas você vai perceber que o CET do Banco A é 10% ao ano, já o CET do Banco B é 9% ao ano. Ou seja, a proposta do Banco A que parecia mais interessante pagando uma taxa menor você vai pagar mais no final.
Aproveite e confira em nosso Blog: O que é Custo Efetivo Total no Financiamento Imobiliário?
Porque provavelmente no banco A tinha outras taxas de despesas mais caras que o Banco B, dando um custo efetivo total maior. Esses custos variam muito de um banco para outro. E o CET unifica isso tudo para ficar mais fácil para comparar
Por outro lado, o CESH, ou Custo Efetivo do Seguro Habitacional, refere-se especificamente ao custo do seguro habitacional obrigatório em um financiamento imobiliário que corresponde à cobertura de Morte e Invalidez Permanente (MIP) e Danos Físicos ao Imóvel (DFI).
A seguradora é obrigada a fornecer ao interessado o valor do Custo Efetivo do Seguro Habitacional (CESH) antes da contratação do seguro habitacional.
Portanto, a taxa de juros é a diferença entre o CET e o CESH. Isso significa que quanto mais baixo o valor o CESH mais alta é a taxa de juros.
Se alguém falar que possui a taxa de juros mais baixa do mercado, não se iluda e acredite nisso logo de cara, primeiro veja se o custo efetivo total é mais alto ou igual ao seu concorrente. Pois é ele quem vai englobar todos os custos associados a um financiamento, incluindo juros, taxas administrativas e seguros.
Se o custo efetivo total é o mesmo, por exemplo, nesta simulação o CET da CAIXA e da Tokio Marine Seguradora estão empatados e o CESH também. Porém ao comparar com a Too Seguros, esta possui o CET e a taxa de seguro habitacional mais em conta.
Agora a taxa de juros é a diferença entre o CET e CESH.
Isso significa que quanto mais baixo o valor do CESH mais alta é a taxa de juros.
É muito difícil lá na frente, você conseguir reduzir o custo de um seguro, mas como a taxa SELIC vem caindo, é mais fácil você reduzir a taxa de juros do financiamento.
E caso o seu banco não queria baixar as taxas de juros, é possível fazer a portabilidade do financiamento imobiliário.
Acesse aqui e saiba mais sobre Portabilidade do Crédito Imobiliário.
DFI – Seguro contra Danos Físicos ao Imóvel – tem por finalidade assegurar a cobertura de riscos de natureza material, tais como incêndio, explosão, alagamento, inundação, desmoronamento, destelhamento, entre outros, ocorridos no período do financiamento. O valor assegurado do DFI corresponde, na concessão do contrato, ao valor de avaliação do imóvel e, na evolução do contrato, ao valor atualizado da garantia.
MIP – Seguro por Morte ou Invalidez Permanente – O seguro de morte e invalidez permanente permite a liquidação da dívida (ou parte da dívida quando houver mais de um participante no contrato de financiamento) na hipótese de falecimento do mutuário por qualquer causa ou invalidez permanente, seja por doença ou acidente. O valor assegurado do MIP corresponde, na concessão do financiamento, ao valor do financiamento e, na evolução do contrato, ao valor do saldo devedor. Os percentuais da alíquota deste seguro variam durante a vigência do financiamento, de acordo com a faixa etária de cada devedor.
Aproveite e leia em nosso Blog: Seguro quita financiamento imobiliário em caso de morte ou invalidez?
O seguro habitacional oferece proteção ao saldo devedor do financiamento do imóvel em situações de morte ou invalidez do contratante. Quando mais de uma pessoa participa do contrato, a cobertura é parcial, aplicando-se apenas à parte do indivíduo afetado pelo sinistro.
No entanto, o seguro não cobre casos em que a morte ou invalidez estejam relacionadas a doenças pré-existentes no momento da assinatura do contrato.
O seguro habitacional oferece cobertura para uma variedade de danos aos imóveis decorrentes de eventos como:
No entanto, perdas de bens pessoais geralmente não são ressarcidas, exceto em casos de explosões, raios e incêndios.
Além dessas coberturas obrigatórias, a seguradora pode oferecer opções adicionais em seu contrato para atender às necessidades específicas dos segurados
Ao contratar um financiamento para a aquisição de um imóvel, o banco geralmente informa sobre a obrigação de contratar o seguro habitacional e apresenta pelo menos duas opções de seguradoras autorizadas a operar esse tipo de seguro dentro do banco.
Uma vez que o cliente fecha o acordo, a seguradora emite uma única apólice que abrange as coberturas para Morte e Invalidez Permanente, bem como Danos Físicos ao Imóvel.