O sinal de alerta já está ligado no mercado imobiliário das grandes cidades. O aumento de preço do metro quadrado tem chamado a atenção de especialistas. De acordo com o Ìndice FipeZap, nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, por exemplo, o aumento dos preços dos imóveis ao longo de um ano ficou próximo dos 20%. Na capital paulista, de acordo com o levantamento, o metro quadrado tem o valor médio de R$ 6,6 mil. Na cidade do Rio de Janeiro, o metro quadrado ultrapassou R$ 8,1 mil. Para se ter ideia, o preço de imóveis em Frankfurt, na Alemanha, é de, em média, 2,5 mil euros (R$ 6,25 mil), o metro quadrado. Em Hamburgo, 2,6 mil euros (R$ 6,5 mil), e em Munique, onde estão os imóveis mais caros da Alemanha, 3,8 mil euros por metro quadrado (R$ 9,5 mil). Para especialistas do setor, os preços dos imóveis no Brasil passaram do razoável faz tempo. Pior, eles não descartam o risco de uma bolha imobiliária e preveem que deva estourar logo após a Copa do Mundo, em 2014. Uma bolha é caracterizada por um aumento irreal dos preços. É quando se paga alto por algo que nunca vai dar retorno por aquele preço. Uma hora a bolha estoura, os preços voltam ao normal, mas é tarde para recuperar o prejuízo. Como aconteceu em países como EUA, Itália, Espanha e Grécia. Mas há também aqueles que não creem que isso aconteça no Brasil, pois nossa economia não depende tanto da indústria imobiliária, como outras nações. E citam como exemplo os EUA, cujo sistema de financiamento imobiliário equivale 80% do PIB. No Brasil, segundo o Banco Central, este índice é de 5,3%. É esperar para conferir.