Mercado Imobiliário - Cresce a locação de imóveis

Mercado imobiliário mostra um novo fôlego no mês de junho e o setor comprova mais um resultado positivo. Depois do Sindicato Habitação (Secovi) anunciar aumento nas vendas de novas unidades foi a vez do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) dar a boa notícia para o ramo. Em comparação com maio, houve crescimento de 7,03% na quantidade de imóveis alugados.

Os portais do Grupo SP Imóvel registraram aumento de 65% de interessados em locações imobiliárias em São Paulo comparado com junho de 2014.

As casas lideraram a preferência dos paulistanos e representaram 57,2% do total dos contratos no sexto mês do ano, enquanto os apartamentos foram responsáveis por 42,8%.

"Ajuste a um novo patamar de poder aquisitivo da população é algo que se espera quando se vive uma recessão, mas o déficit crônico de moradias que enfrentamos funciona como elemento de sustentação dos valores dos imóveis e dos aluguéis", afirma o presidente do Conselho.

No primeiro semestre de 2015, a inflação acumulada pelo IPCA do IBGE, que é o índice oficial do Brasil, foi de 6,17%. Essa taxa é a mais alta para o período desde 2003.

"É muito menos do que a inflação do período e revela que os proprietários, por mais que desejem, não estão conseguindo repassar ao aluguel e ao preço de seus imóveis nem sequer a correção da inflação", avalia José Augusto Viana Neto, presidente do CRECISP. 

A modalidade de garantia mais usada pelos inquilinos e proprietários foi o fiador, com 59,85%, enquanto o depósito de até três meses de aluguel foi responsável por 16,78% das residências locadas. Já o seguro-fiança foi responsável por 14,18% dos aluguéis contratados.

Financiamento de imóveis usados

Em junho, a pesquisa do CRECISP também apontou queda de 13,65% nas vendas de imóveis usados em comparação com maio. Sendo que, os apartamentos foram responsáveis por 59,77% das comercializações e as casas representaram 40,23%. 

No acumulado do ano, os imóveis usados acumula queda de 10,72%. E os financiamentos representaram 47,99% do total de imóveis vendidos e as vendas à vista, 46,26%.