A partir da próxima segunda-feira, 19 de janeiro, o financiamento de imóveis vai ficar mais caro. A Caixa Econômica Federal divulgou que os juros vão subir. As novas taxas valem para os imóveis a partir R$ 190 mil e para clientes em que a renda seja maior do que R$ 5,4 mil por mês.
Os imóveis de até R$ 750 mil terão aumento de 0,50 ponto percentual. Já nas unidades superiores a esse valor, os juros ficarão de 1,8% mais alto.
A instituição financeira informa que as novas taxas de juros não se aplicam para os financiamentos habitacionais contratados com recursos do Programa Minha Casa Minha Vida e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, ou seja, apenas os empréstimos com recursos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) vão sofrer com as mudanças.
Para ter uma noção de quanto o aumento pode refletir no financiamento, Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), realizou uma simulação com as alterações nas taxas.
Para um financiamento de R$500 mil, de acordo com a tabela do SFH, o consumidor pagaria 360 parcelas mensais de R$ 3.809,19 totalizando um valor de R$ 1.371.308,40. Agora, o consumidor pagaria 360 parcelas mensais de R$ 3.894,29 totalizando um valor de R$ 1.400.864,40. No final de trinta anos o valor aumenta em quase trinta mil reais = R$ 29.556,00.
As novas taxas valem apenas para os financiamentos concedidos a partir de segunda-feira, 19 de janeiro. Para os contratos antigos e em andamento, mantém o que já estava acordado.
Caixa é a principal financiadora imobiliária do país, ela concentra 70 das operações de crédito habitacional e de janeiro a setembro do ano passado, a entidade foi responsável por 607 mil imóveis financiados. Com isso, a tendência é que os demais bancos também elevem as suas taxas.
Veja abaixo as alterações nas taxas de juros para financiamento:
Fonte: Caixa Econômica Federal
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