O
aluguel de imóveis continua em alta. Segundo pesquisa divulgada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP), o mês de setembro registrou crescimento na locação de casas e apartamentos em 17,62% em relação ao mês de agosto.
Em setembro, os alugueis residenciais baixaram em média de 2,77% em relação ao oitavo mês do ano. Esse resultado contribuiu para alavancar o número de novas locações na capital paulista. Os apartamentos lideram a preferência de novos inquilinos com 50,72% das locações e 48,28% de casas.
Já no segmento de
venda de imóveis usados, o resultado foi o oposto. Setembro registrou queda de 33,57% em comparação a agosto. No ano foi de 1,67%.
"Negociações de compra pendentes ou em andamento podem alterar esses números até o final do ano, mas tanto a locação quanto a venda estarão sujeitas às oscilações no emprego, na renda e na capacidade de pagamento das famílias", comenta o presidente do CRECI-SP, José Augusto Viana Neto.
O presidente lembra que vários outros indicadores apresentaram um resultado negativo no mês de setembro como o aumento do rombo nas contas externas de 23,5% em relação a agosto, queda de 4,12% na arrecadação federal de impostos. Sem contar o terceiro aumento das taxas de juros de financiamentos imobiliários da Caixa Econômica Federal.
"A participação dos financiamentos nas vendas teve o segundo pior resultado do ano, e esse é outro sinal de alerta sobre a instabilidade que ronda o mercado de imóveis usados", declara Viana.
Os
financiamentos realizados pela Caixa Econômica Federal em setembro foram responsáveis por 42% das unidades vendidas nas imobiliárias que participaram da pesquisa realizada pela entidade. Já as vendas à vista somaram 50% do total.
"Esse conjunto de fatores econômicos e setoriais, como as dificuldades crescentes para financiar um imóvel, explica o porquê de as vendas estarem acumulando queda mesmo quando se tem, como em Setembro, uma queda relativa de preços", afirma Viana Neto.
O aluguel tem sido uma alternativa muito procurada e cada vez mais, o cliente está cauteloso e exigente. O atual momento econômico exige estudar as percepções do mercado e atenta-se aos detalhes para realizar um bom negócio com o melhor custo-benefício.
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