Apesar do mercado afirmar que não vive uma crise é inegável ver que o setor passa por um período, no mínimo, de baixa. Estoque alta e falta de lançamentos podem ser vistos em todos os nichos, de residenciais a comerciais. E em todas as regiões da cidade - também da Grande São Paulo, Interior e Litoral.
Sempre imune às crises, os bairros nobres, desta vez, também sofrem. Levantamentos de dados de vendas de entidades e empresas mostram que as áreas mais caras da cidade vêm sofrendo com a queda do preço do imóvel. Não chega a ser uma desvalorização, mas os dados já mostram que é preciso um olhar mais atento.
De acordo com levantamento da imobiliária Coelho da Fonseca, que levou em consideração os preços médios de venda de 1.920 apartamentos comercializados entre janeiro a setembro de 2014 em 18 bairros, o acumulado no ano foi de 14% de valorização. Se levarmos em conta que em 2013 foi de 16%, e que em 2011 foi de 27% (a maior valorização dos últimos cinco anos), há uma desaceleração crescente.
Mas como gostamos de ver o "copo meio cheio", isso mostra que os preços começam a entrar em um patamar mais real, fazendo com que o mercado, passado um período de alta extrema, entre numa realidade mais viável ao comprador.