O mercado imobiliário é senhor em encontrar alternativas em tempos de crise. Se há uma moeda forte na nossa economia, em qualquer momento, é o tijolo. Não é de hoje que o setor começa a ter outros focos que não só os grandes mercados.
Aqui mesmo neste espaço já mostramos diversas vezes que o setor está cheio de oportunidades e que os momentos críticos são propícios para se encontrar novos caminhos. Não é de hoje, por exemplo, que grandes construtoras e incorporadoras viraram a luneta para cidades menores, com até 100 mil habitantes. E foram aos poucos. Começaram a estender a cauda para outros bairros, cidades da região metropolitana, municípios maiores e chegaram os de médio porte. Hoje, é fácil ver em folhetos de propaganda dessas cidades menores, entre 100 mil e 250 mil habitantes, com renda per capita interessante e economia em crescimentos, associações com empresas locais para o lançamento de empreendimentos. A tendência é que essas parcerias só cresçam. Não é questão de domínio, pois elas se associam e não lançam sozinhas. Afinal, não conhecem - ainda - esses mercados tão bem como quem atua lá há anos.
E a coisa começa a virar novamente. Também não é de hoje que associações entre empresas vendedoras existem. As chamadas redes de negócio são uma realidade. Por exemplo, a Rede Imobiliária Brasileira, capitaneada pela Coelho da Fonseca há mais de 20 anos, tem imobiliárias parceiras em todas as regiões do País e no interior do Estado.
A ideia é ampliar as possibilidades, oferecendo unidades de todos os lugares para compradores de fora. Ou seja, é muito fácil encontrar um comprador de São Paulo interessado em adquirir um imóvel em Ribeirão Preto, por exemplo. Assim como um cidadão de Recife que queira comprar um ponto comercial em Porto Alegre.
Onde a coisa vira? Essas associações maiores têm sua presença forte, mais que está virando - e não de hoje - é a associação direta entre imobiliárias. Por exemplo, se uma imobiliária de Santana tem em sua carteira um cliente com interesse em comprar uma casa no litoral de Santa Catarina, por que não oferecer esse diferencial de intermediação de negócio, em parceria com uma imobiliária local. O negócio saindo, dividi-se a comissão. Simples assim.
Em tempos de mundo sem fronteiras, com a velocidade de comunicação que se tem hoje, não há mais razão para se ter um negócio estritamente local. Esse é um caminho a se pensar por aqueles que querem opções - para si e para seus clientes.
"Bosque do Jequitibás - Campinas" por Leandro R. M. de Marco, via Wikimedia Commons.
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