O luxo do luxo

Uma das máximas - verdadeiras que mais se houve no mercado imobiliário que não há crise no luxo. Tem oferta, demanda e público e isso nunca acaba, pois seja para moradia própria ou investimento, há sempre interessados para esse tipo de imóvel.

E mais: são sempre a vanguarda, pois vêm deles grande parte das novidades que são adaptadas às unidades de padrão menor. Muitas das tecnologias que hoje são disseminadas em todos os nichos nasceram em prédios de alto padrão.

Esse tipo de imóvel desafia a crise e tem mercado. A retração da economia ao que parece passa ao largo e não há diminuição no número de lançamentos, nem das vendas. Como esse público tem poder de compra, não deixa de comprar, nem mesmo se a economia anda não muito bem. Eles investem e esperam a melhora da economia e momento mais favoráveis para poder revender, por exemplo.

A única coisa cíclica nesse nicho é a safra de novos lançamentos. Como esses prédios têm alto custo de construção, não são feitos na mesma velocidade que os destinados à classe média - os que têm sofrido mais com a crise. Além disso, não são lançados em qualquer região. Ou seja, como são construídos em bairros ou em áreas mais nobres, têm o metro quadrado mais caro, além de precisarem de espaços mais destacados. 

Assim, os lançamentos são mais bem planejados, com resultados positivos mais esperados que em lançamentos mais médios. Dessa forma, o setor gira e sempre tem opções. Ratificando, o mercado usa o que dá certo em alto padrão e adapta aos outros nichos. E assim, a roda gira.