O mercado imobiliário tem apresentado sinais de recuperação com a queda da taxa Selic e o controle da inflação. Neste segundo semestre, a Caixa Econômica Federal anunciou medidas para impulsionar o setor com a redução nas taxas de juros do crédito imobiliário. O banco também aumentou o limite de financiamento de 70% para 80%.
Apesar dos sinais de retomada do crescimento e da recuperação em alguns setores, o próximo presidente eleito terá pela frente desafios como controlar o alto nível do desemprego, melhorar a questão da saúde pública, qualidade do ensino e o rombo nas contas públicas.
E neste domingo, 7 de outubro, mais de 147 milhões de brasileiros vão às urnas para exercer o direito de eleger os próximos representantes para Presidência da República, governador, senador, deputados federais e estaduais.
Mas o que esperar da economia brasileira nos próximos anos? Quais atitudes são prioridades do próximo Presidente? Quais serão os caminhos para retornar o crescimento por completo e combater o desemprego? Que impactos as eleições presidenciais podem acarretar para o mercado imobiliário?
O mercado imobiliário é impactado diretamente pela economia do país. O setor se beneficia muito da confiança do consumidor, pois ninguém compra imóvel quando se está com medo de perder emprego.
Com emprego, as pessoas sentem-se confiantes e consomem mais. Com mais consumo, as empresas vendem mais e com mais vendas, as empresas contratam mais. E tudo isso, faz a economia girar. E o mercado imobiliário se beneficia deste ciclo, pois com remuneração, o consumidor consegue crédito e prazos mais longos.
O próximo presidente terá como desafio retornar o ciclo da expansão da economia brasileira e resgatar a confiança dos brasileiros. "Olhando o cenário político a gente não sabe o que vai acontecer. Mas acredito que os incentivos por trás da política brasileira vão acontecer para caminhar rumo ao crescimento", declarou Samuel Pessôa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e sócio da consultoria Reliance, durante a Convenção Secovi 2018, realizada nos dias 27 e 28 de agosto, na sede do Sindicato da Habitação em São Paulo.
Para o economista há boas razões para ser otimista em relação ao próximo governo, ele ainda enfatiza a importância do ajuste fiscal. "Imagina a pessoa que vai sentar naquela cadeira em 1º de janeiro do próximo ano? Vai receber o país crescendo a 1,5% um pouco mais, inflação a 4% e a Selic 6%. E se não fizer o ajuste, ela vai entregar o país em 2022 com o desemprego elevado e altas taxas de juros. Com isso, não será reeleito e será responsabilizado e pela insatisfação. Por outro lado, se ele usar os instrumentos da Presidência da República para promover o ajuste fiscal, provavelmente vai conseguir entregar a economia em uma situação bem melhor que a atual. E a possibilidade de reeleição será grande."
Flavio Amary, presidente do Secovi-SP, ressalta a importância da reforma fiscal para o crescimento da economia e do ramo imobiliário. "Precisamos ter um governo futuro que tenha compromisso fiscal, tenha previsibilidade e que evite os extremismos e o radicalismo. Não estou discutindo preferência partidária estou discutindo princípio e se a gente não tiver isso, teremos mais dificuldade para recuperar a nossa economia para 2019/2020. É importante que o país cresça para que a gente possa continuar cada um com a sua atividade, faturando, vendendo, produzindo, gerando emprego e renda."
Mercado imobiliário projeta reação e prevê um período de otimismo para o setor com possibilidades realizar bons investimentos na compra e na locação. Por isso, é fundamental estudar o candidato antes de votar. Após eleito é preciso fiscalizar as ações dos políticos. A cobrança é para todos os gestores públicos eleitos. Seja ele, governador, presidente, senador ou deputado.
O primeiro turno das eleições 2018 será realizado no dia 7 de outubro. E o segundo turno, está marcado para o dia 28 do mesmo mês.