Financiamento
Atualizado em: 20.jun.2024
Tamanho da Fonte: A- | A | A+

Queda da Taxa Selic: Qual o impacto no financiamento imobiliário?

O Copom reduziu a Selic de 11,25% para 10,75%

Imagem Queda da Taxa Selic: Qual o impacto no financiamento imobiliário?
Logo Copiar Blog Notícia

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros básicos da economia (Selic) em meio ponto percentual. A Selic caiu de 10,75% para 10,50%. .

Para as próximas reuniões, o BC indicou que deve manter o mesmo ritmo de cortes. Embora, os juros ainda continuem altos, o reajuste dá sequência ao ciclo de cortes iniciado em agosto do ano passado, essa foi a sétima queda consecutiva dos juros. Com isso, a Selic está em seu menor patamar desde fevereiro de 2022, e traz efeitos práticos e  positivos para população.

 

Para o presidente da ABRAINC, Luiz França, ressalta a necessidade de medidas contínuas que promovam a redução das taxas de juros e estimulem o acesso ao crédito aos compradores de imóvel.

 


“Uma estratégia que não beneficiará apenas o setor imobiliário, mas também contribuirá para o progresso econômico e social do Brasil. Esta redução se mostra essencial para tornar os financiamentos habitacionais de médio e alto padrão mais acessíveis.”

 

O que é a Selic?


A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Ao longo dos anos, tem sido utilizada como uma ferramenta para controle da inflação e estímulo à atividade econômica.


Nos anos de 2020 e 2021, a Selic chegou ao seu menor patamar histórico, quando atingiu 2%, e tornou o crédito imobiliário mais acessível e com ótimas condições.  Nesta época, pegar dinheiro emprestado estava mais barato, já que os juros cobrados nessas operações eram menores.

 

Qual é o impacto da queda na taxa Selic no mercado imobiliário?

 

Com a queda da taxa Selic, o cenário do financiamento imobiliário sofre ajustes significativos. Frequentemente utilizada como referência para as taxas de juros no mercado, a redução da Selic tende a resultar em taxas de financiamento mais atrativas para os compradores de imóveis. 


Isso pode estimular a demanda por crédito imobiliário, tornando as condições de pagamento mais favoráveis e acessíveis. Além disso, a queda da Selic pode impulsionar a competitividade entre as instituições financeiras, levando a uma diversificação de produtos e serviços oferecidos aos clientes interessados em adquirir imóveis. 


No entanto, é importante observar que outros fatores, como a política econômica do governo e as condições do mercado imobiliário, também influenciam diretamente as condições de financiamento.
 


1. Custo do Financiamento Imobiliário:


Uma das implicações mais diretas da queda da Taxa Selic é a redução dos juros dos financiamentos imobiliários. Com taxas de juros menores, os custos de empréstimos para a compra de imóveis se tornam mais atrativos. Isso pode incentivar mais pessoas a procurar financiamentos para adquirir propriedades, aumentando a demanda no mercado imobiliário.

 

2. Valorização de Imóveis:


A queda na Taxa Selic também pode influenciar a valorização dos imóveis. Com taxas de juros mais baixas, investidores que buscam alternativas de investimento podem considerar o mercado imobiliário como uma opção mais atrativa em comparação com investimentos de renda fixa, como títulos públicos. Esse aumento na demanda por imóveis como investimento pode contribuir para a valorização dos preços das propriedades.
 

3. Aumento da Confiança dos Consumidores:

 

A estabilidade econômica proporcionada por uma taxa Selic mais baixa pode gerar um ambiente de maior confiança para os consumidores. Quando as pessoas se sentem seguras em relação ao futuro financeiro, estão mais propensas a investir em bens duráveis, como imóveis. Isso pode impulsionar ainda mais o mercado imobiliário.

 

4. Crescimento da Construção Civil

 

A queda da Taxa Selic pode estimular o setor da construção civil. Com custos de financiamento mais baixos, incorporadoras e construtoras podem expandir suas operações, gerando empregos e impulsionando o crescimento do setor. Isso também pode resultar em uma maior oferta de imóveis no mercado.

 


Qual é o impacto da queda na taxa Selic no financiamento imobiliário?

 

A imagem retrata a dinâmica do mercado imobiliário em meio à redução da taxa Selic. A cena mostra uma pessoa com lápis na mão e uma calculadora, simbolizando a crescente demanda por financiamentos imobiliários com a queda das taxas de juros e pelas condições favoráveis para o crédito imobiliário.

Crédito da foto: Freepik


O principal efeito da queda da taxa Selic sobre o financiamento imobiliário é a redução dos juros cobrados pelas instituições financeiras. A taxa Selic serve de referência para diversas operações de crédito no país, incluindo os financiamentos imobiliários. Portanto, quando a Selic cai, os bancos também reduzem as suas taxas de juros para manter a competitividade no mercado.


Essa diminuição dos juros no financiamento imobiliário torna os empréstimos mais atrativos para os potenciais compradores. Com taxas de juros menores, o custo do financiamento se torna mais acessível, o que estimula a demanda por crédito para aquisição de imóveis. Como resultado, o mercado imobiliário tende a aquecer, impulsionando a construção civil e a venda de unidades habitacionais.


Outro fator importante a ser destacado é que a queda da taxa Selic também pode influenciar positivamente o valor das parcelas do financiamento imobiliário. Com a redução dos juros, as prestações podem diminuir, tornando o pagamento das parcelas mais suave e facilitando a vida do comprador.


Além disso, a queda da taxa Selic pode beneficiar os proprietários de imóveis que já possuem financiamentos em andamento. Isso porque muitos contratos de financiamento imobiliário estão atrelados a índices de correção, como a TR (Taxa Referencial) ou o IPCA (Ìndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Com a redução dos juros, a tendência é que esses índices também diminuam, aliviando o peso das parcelas para quem já está pagando um financiamento.


Contudo, é importante destacar que a queda da taxa Selic pode ter um impacto mais significativo nos financiamentos de longo prazo, como os realizados em 20, 25 ou 30 anos, em comparação com prazos mais curtos.

 

“Fica excelente para o Mercado Imobiliário. A tendência é que aumente a procura por imóveis, seja para compra à vista ou financiada. Muitos clientes com perfil para financiamento estão na expectativa de baixa da taxa de juros para aquisição do imóvel, porém isso não acontece de imediato, como eles imaginam. Mesmo com a taxa da SELIC caindo, os bancos podem ter custos associados à captação dos recursos realizados anteriormente que não reduzem na mesma proporção, além do principal problema atualmente que é a escassez de funding”,  Carla Ávila, Correspondente Bancária e Founder da Carla Financia.

 

Impacto positivo da queda da taxa Selic no financiamento imobiliário


1. Redução das taxas de juros: A queda da taxa Selic leva a uma redução das taxas de juros nos financiamentos imobiliários, tornando o crédito mais acessível para os compradores.

2. Parcelas mais baixas: Com a diminuição dos juros, as parcelas do financiamento imobiliário também são reduzidas, tornando o pagamento mais suave e facilitando o encaixe no orçamento dos compradores.

3. Estímulo à demanda: Taxas de juros menores tornam os financiamentos mais atrativos, o que estimula a demanda por crédito para aquisição de imóveis, impulsionando o mercado imobiliário.

4. Aumento do poder de compra: A queda da Selic pode aumentar o poder de compra dos interessados em adquirir um imóvel, permitindo que eles consigam financiar valores maiores com parcelas compatíveis com sua renda.

5. Melhora das condições para mutuários existentes: Para aqueles que já possuem financiamentos em andamento, a redução da Selic pode levar à diminuição dos índices de correção, aliviando o peso das parcelas e reduzindo o saldo devedor.

6. Incentivo ao investimento em imóveis: A queda da taxa Selic pode diminuir a atratividade de investimentos em renda fixa, como títulos públicos, direcionando investidores para o mercado imobiliário em busca de maiores retornos.

 7. Retomada da construção civil: Com o aumento da demanda por imóveis impulsionado pela queda dos juros, a construção civil pode se beneficiar, gerando mais empregos e movimentando a economia.

8. Estabilidade do setor imobiliário: A redução dos juros contribui para a estabilidade do setor, tornando-o menos vulnerável a oscilações econômicas e a crises financeiras.

9. Realização do sonho da casa própria: A possibilidade de adquirir um imóvel com taxas de juros mais baixas torna o sonho da casa própria uma realidade para muitas famílias, proporcionando maior segurança e estabilidade.

10.  Impulso ao mercado secundário: Com taxas de juros menores, mais pessoas podem buscar aquisições de imóveis usados, movimentando o mercado secundário e gerando oportunidades de negócio.

 

Devo esperar os juros baixar mais para comprar imóvel financiado?
 

De acordo com especialistas do ramo, a Selic não deve voltar ao patamar de 2% nos próximos anos, pela expectativa atual do mercado, a taxa básica de juros chegaria aproximadamente em 9%, porém em 2025.


A redução da taxa de juros (Selic) não implica em uma queda imediata no custo dos financiamentos imobiliários. Esse processo leva alguns meses para se concretizar, pois as instituições financeiras precisam ajustar suas políticas de crédito e reavaliar o cenário econômico.


O efeito da diminuição da Selic no financiamento imobiliário se torna mais perceptível para os consumidores quando a taxa básica de juros atinge um patamar de um dígito, ou seja, abaixo dos 10%. Isso acontece porque os bancos e instituições financeiras, ao longo do tempo, gradualmente reavaliam e ajustam suas taxas de juros para refletir a nova realidade econômica.

 

“A sugestão é que o comprador/investidor aproveite o momento agora para adquirir seu imóvel, que o valor ainda está baixo, porque geralmente sobe após a queda dos juros e se for o caso, posteriormente ele terá a opção de fazer a portabilidade do financiamento, aproveitando as duas oportunidades. E o mais o mais importante! Independe da movimentação do Mercado ou da taxa de juros, o cliente precisa observar se o que ele deseja cabe em seu orçamento mensal, se está dentro da sua capacidade financeira e para isso, contar com o apoio de uma Especialista faz toda a diferença”, completa Ávila.



É hora de comprar imóvel financiado?

 

Uma pessoa segurando uma casa modelo com pilhas de moedas em primeiro plano, simbolizando investimento imobiliário, propriedade de uma casa ou poupança para uma casa.

Crédito da Foto: Freepik


A queda da Selic, mesmo que ainda não seja uma queda imediata no custo dos financiamentos imobiliários, essa é uma boa notícia para quem está de olho na casa própria. O setor se beneficia muito da confiança do consumidor.

 
E com a queda da Selic, os avanços nos índices de confiança, as pessoas consomem mais. Com mais consumo, as empresas vendem mais. Tudo isso faz a economia girar. Com isso, o consumidor conquista a compra da casa própria e consegue o crédito para o financiamento imobiliário.


Para quem está pensando em comprar a casa própria, o custo do financiamento é uma questão fundamental. E isso significa que vai comprometer pelo menos 30% da renda mensal da família por um longo período. E isso, pode levar em média de 30 a 35 anos para quitar o saldo devedor.


Aproveite e confira nossas matérias:

Taxas de Juros do Financiamento Imobiliário na Caixa Econômica
Taxas de Juros do Financiamento Imobiliário no Itaú
Taxas de Juros do Financiamento Imobiliário no Bradesco
Taxas de Juros do Financiamento Imobiliário no Santander
Taxas de Juros do Financiamento Imobiliário no Banco do Brasil

 

O sonho do brasileiro de ter a casa própria sempre existiu e sempre vai existir. A moradia é uma necessidade básica na vida. Porém, as pessoas devem estar atentas às possibilidades e as condições, além de buscar uma boa oportunidade de negócio


A compra de um imóvel não pode ser feita com uma visão imediatista, se a família achar um bom negócio para comprar um imóvel, e estiver dentro do orçamento mensal desta família, deve-se sim aproveitar essa oportunidade.
 


“A Selic realmente chegou ao patamar histórico e bastante gente comprou. Mas também conheço muita gente que não comprou, justamente por conta dessa história, vou esperar um pouco mais, vou esperar baixar mais e não baixou. Então, o momento é agora e se o cliente ficar esperando muito tempo, a tendência é ele não conseguir comprar”, comenta a correspondente bancária, Débora Pezzotti.



O comprador precisa analisar e ponderar o que é mais negócio no momento. Surgiu uma ótima oportunidade para comprar um imóvel, mas a taxa de juros não é uma das mais baratas e a parcela do financiamento ficará mais cara, mas, por outro lado, o imóvel está mais barato.


Ou esse comprador precisa esperar a taxa de juros diminuir para encarar o financiamento imobiliário e ter uma parcela mensal mais conta, porém o valor do imóvel também ficará mais caro.


Ainda de acordo com especialistas da área, dificilmente, terá um cenário perfeito da baixa da taxa de juros e o imóvel mais barato, até mesmo porque, quando a taxa de juros cai muito, o valor do imóvel sobe mais ainda porque as pessoas querem comprar o imóvel, porque o imóvel está rendendo mais do que o dinheiro no banco.


Segundo especialistas, mesmo que o comprador pegou uma taxa um pouco mais alta no financiamento imobiliário e passado dois anos, essa taxa apresentou queda, uma alternativa para essas situações é a Portabilidade do seu crédito imobiliário e negociar uma taxa melhor.


Mas vale lembrar, que a pessoa que ao decidir fazer a portabilidade do financiamento imobiliário terá que colocar tudo na ponta do lápis e verificar se a nova oferta vai valer a pena, pois a grande vantagem da portabilidade é a redução dos custos e só vai compensar trocar de banco se no final você gastar menos.

 

Acesse aqui confira o artigo completo sobre Portabilidade do Financiamento Imobiliário.

 

Queda da Selic apresenta impacto positivo nos financiamentos imobiliários


Portanto, podemos dizer que a queda da taxa Selic tem um impacto positivo no financiamento imobiliário, tornando-o mais acessível e atraente tanto para potenciais compradores quanto para aqueles que já possuem financiamentos em andamento. O cenário de juros baixos pode estimular o mercado imobiliário, contribuindo para o crescimento da economia e favorecendo a realização do sonho da casa própria para muitas famílias brasileiras. No entanto, a aquisição de um imóvel é algo que precisa ser analisada com cautela, pois existe uma série de detalhes a ser estudada e exige muito planejamento.


Por isso, é muito importante realizar simulações do financiamento imobiliário nos sites dos principais bancos, assim é possível ver quais instituições oferecem as melhores taxas do crédito imobiliário de acordo com o seu perfil. Nessas simulações é possível ter uma previsão das taxas de juros, seguros, amortização e dos valores das parcelas mensalmente.


Uma taxa de juros mais alta será o suficiente para aumentar o valor da prestação e consequentemente o montante final que você terá de pagar. O nível de relacionamento do cliente com o banco interferirá na taxa de juros da contratação do crédito imobiliário. Ou seja, é importante consultar mais de uma instituição bancária e avaliar as melhores alternativas de financiamento. Veja em nosso Blog: Qual é o melhor banco para Financiamento Imobiliário?


 

Fonte:
SP Imóvel
O Portal de Imóvel em São Paulo de São Paulo
www.spimovel.com.br/
Equipe de Jornalismo
Grupo de Portais Imobiliários
SP Imóvel
< Post Anterior
Como fazer a vistoria de entrada e saída na locação de imóveis de forma eficiente
Próximo Post >
Como participar do programa Minha Casa Minha Vida?