Restaurantes japoneses em São Paulo estão cada vez mais numerosos. No Brasil, a estimativa é que o setor chegue a faturar R$19 bilhões ao ano, segundo Francal Feiras em pesquisa realizada. Mas essa influência na culinária não é de hoje. Estima-se que os imigrantes japoneses influenciaram os brasileiros a comerem verduras quando começaram a cultivar esses alimentos em suas propriedades, após sua chegada no País, em 1908.
O bairro da Liberdade abriga hoje a maior comunidade japonesa fora do Japão bem no centro de São Paulo. Quem procura por comida japonesa, encontra no bairro opções de bares de sushi, lojas de ramen, barracas de macarrão yakissoba e, claro, diversas opções de restaurantes japoneses, mas também chineses e coreanos. Mas não é apenas à gastronomia que a Liberdade se resume. Por lá, também se encontram inúmeros itens asiáticos importados e, aos domingos, a Feira da Liberdade oferece artesanatos referentes à cultura.
Mas os fãs de comida japonesa não precisam ir até à Liberdade para encontrar bons pratos. A cidade de São Paulo conta com inúmeros restaurantes japoneses. Dos mais tradicionais até os mais “abrasileirados”, com versões empanadas, com cebolinha e cream cheese. Sem esquecer-se das versões doces, como temaki de chocolate com morango e poke de uva e chocolate.
Em 2016, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP) já consolidava a cidade como a capital brasileira do sushi. A comparação espanta: São Paulo, nessa época, já contava com mais restaurantes japoneses do que churrascarias. Eram 600 restaurantes japoneses contra 500 churrascarias na cidade.
Um dos primeiros a arriscar a freguesia fora do bairro da Liberdade foi o Nagayama, em 1988. O bairro escolhido foi o Itaim Bibi, e o restaurante foi inaugurado com apenas quatro mesas. Atualmente, ele permanece lá, mas está quase dominando o quarteirão. E seu crescimento foi além, o Nagayama conta com outras unidades em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Mas para quem mora ou vem à cidade a passeio, têm diversas outras opções de restaurantes japoneses para conhecer e comparar. E para facilitar na hora de escolher por onde começar a visita, separamos os melhores restaurantes japoneses de São Paulo por região. Clique e confira:
Não é de hoje, mas desde que começou a se popularizar no Brasil, a comida japonesa tem a fama de ser mais saudável. Talvez o fato de a maioria do cardápio ser formada por peixes e frutos do mar, tão diferente da cultura brasileira, que conta com carne vermelha e considera o churrasco como “patrimônio cultural”, faça as pessoas acreditarem que estão adquirindo um hábito saudável ao frequentar restaurantes japoneses. Por outro lado, já está enraizada em cada brasileiro a ideia de que a grama do vizinho é sempre mais verde. Então, faz sentido pensar que a gastronomia de outra cultura é mais saudável e, portanto, melhor que a do Brasil.
Inclusive, a ideia de ser saudável pode acabar se tornando um argumento na hora de pagar mais caro pela refeição quando comparada a outras opções. Mas como tudo na vida, principalmente quando o assunto é alimentação, o segredo é evitar excessos e focar na variedade dos pratos. Além disso, os restaurantes que oferecem a comida tradicional japonesa contam com opções mais saudáveis do que aqueles “abrasileirados”.
Quem é fã de sushi e sashimi precisa dar lugar a outros alimentos para garantir uma refeição balanceada. Esses dois pratos são pobres em ferro e outros minerais, bem como têm poucas fibras e vitaminas. Então, aqueles que costumam frequentar restaurantes japoneses com frequência, nas horas das principais refeições, precisam focar em ter uma alimentação balanceada e diversificar o cardápio japonês.
Além disso, fique de olho na quantidade do shoyu. O problema desse molho é a quantidade de sódio, pois no quesito calórico, ele não engorda. Já o sódio pode causar inchaço, retenção de líquido e, consequentemente, ganho de medidas. Mas, principalmente, é necessário ficar de olho na pressão arterial.
Muitos restaurantes japoneses oferecem rodízio. Nessa ocasião, o foco deve ser no consumo de fibras, vitaminas e minerais. Isso porque arroz e peixe são as estrelas da maioria dos pratos, então, nos rodízios é comum consumir poucos vegetais. E, por isso, a refeição acaba ficando incompleta.
Mas como toda gastronomia, a comida japonesa também tem seu lado bom. As melhores opções são os pratos feitos no teppan, à chapa de ferro em que prepara vegetais e diversos tipos de carne. Além de ficarem saborosos, os alimentos são fontes de fibras, vitaminas e minerais. "Pode-se também optar pela carne ou peixe, que são proteicos, e, que acompanhados de arroz, o carboidrato, deixam o prato completo", sugere a nutricionista Fúlvia Gomes Hazarabedian em entrevista ao Portal Terra.
Já o temaki conta com todos os grupos alimentares, como carboidrato, proteína e fibras. Os ingredientes oferecem vitaminas e minerais, por isso, é uma opção saudável também. Além disso, a alga, presente no temaki e em outros pratos, como o sushi, é rica em cálcio. Dependendo do tipo, a alga ainda oferece doses de proteína e ferro.
A diversidade de restaurantes japoneses em São Paulo e no Brasil oferece, também, diversidade nos tipos de pratos. É comum encontrar restaurantes japoneses com opções adaptadas de comida japonesa, enquanto outros seguem a linha tradicional da gastronomia.
As opções “abrasileiradas” costumam serem pratos fritos e com cream cheese, variáveis que devem ser consumidas com cuidado para evitar excessos.
Já a Washoku, como é chamada a cozinha tradicional japonesa, está na lista de patrimônio mundial da Unesco. E, de fato, é reconhecida por ser saudável e oferecer equilíbrio nutricional.
“Graças à abundância de ingredientes e às formas de cozinhá-los, a comida tradicional oferece um bom equilíbrio rico em carboidratos, com pouca gordura, proteínas de alta qualidade e as vitaminas e minerais necessários”, afirma, em entrevista à Folha de Londrina, a professora Motoko Taguchi, diretora do instituto de nutrição esportiva da Universidade de Waseda, em Tóquio.
Fontes:
Folha de Londrina
Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios
G1
Terra