Para o bem ou para o mal, a China pode ser vista como exemplo em diversos segmentos da economia. Além de ser um dois poucos - ou único - países do chamado Brics (sigla que junta as cinco economias mais promissoras do mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), com números que invejam nações mais desenvolvidas. Ainda que possa ter questões políticas e sociais que precisam ser acertadas, há um caminho bom sendo trilhado.
Uma medida recente do governo chinês poderia muito bem ser adotada por aqui. O terceiro maior país em extensão territorial do mundo acaba de tomar uma decisão muito interessante e que movimentará ainda mais a economia de lá. A China decidiu reduzir os impostos cobrados de alguns compradores de imóveis, como parte de uma estratégia para revitalizar o setor imobiliário.
Não é uma medida geral, mas atingirá boa parte dos compradores. Para aqueles que estejam adquirindo seu primeiro imóvel, o valor pago de impostos será apenas o equivalente a 1% do valor em unidades com menos de 90 metros quadrados e de 1,5% no caso para moradias maiores. Já para quem é dono de um imóvel e que adquirir um novo, o imposto é de 1% para propriedades menores e de 2% para as maiores.
Em se tratando de China, podemos imaginar que esse tipo de resolução atingirá milhões de pessoas, principalmente as mais necessidades e em províncias afastadas. Aliás, dependendo da província - e do poder aquisitivo dos pretendentes - esse imposto pode oscilar entre 1% e 5% do valor do imóvel. Em cidades maiores, em que há limites de compra de imóveis, esse benefício não se aplicará.
Louvável a iniciativa é de causar inveja em compradores brasileiros, ainda mais em um momento de retração do mercado, com compras caindo mês a mês. Além disso, o governo baixa pacotes que reduzem os financiamentos em bancos estatais ou dificultam o acesso ao
Minha Casa, Minha Vida. Ainda mais se levarmos em conta que o déficit habitacional no Brasil passa dos 6 milhões de unidades e atinge principalmente as família com renda de até três salários mínimos.
E olha que houve queda. Segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entre 2010 e 2014, a redução foi na ordem de 2,8% ao ano, ou 742,4 mil famílias que ficaram fora das estatísticas negativas.
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