Após três anos em baixa, o mercado imobiliário finalmente volta a surpreender. De acordo com a Pesquisa divulgada pelo Sindicato da Habitação - SP (Secovi), em 2017, foram comercializadas 23,6 mil unidades residenciais novas, um montante de 46,1% superior os 16,2 mil imóveis vendidos em 2016.
"A reação do mercado imobiliário em 2017 foi surpreendente e superou as expectativas do início do ano. A retomada dos lançamentos e da comercialização de imóveis novos na cidade de São Paulo contribui para ampliar as perspectivas de retorno do emprego na construção civil a partir do segundo semestre de 2018", declara Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato da Habitação.
Segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), na cidade de São Paulo, no ano passado, foram lançadas 28,7 mil unidades residenciais, um volume 48,0% superior ao 19,4 mil imóveis apresentados em 2016.
"Os lançamentos mostraram-se bastante aderentes às vendas e as características das unidades comercializadas comprovam que 2017 foi o ano dos imóveis econômicos", enfatiza Flavio Amary, presidente do Secovi-SP.
Os imóveis de dois dormitórios são preferência na capital paulista e cada vez mais lideram as buscas por paulistanos. Em 2017, 67% das unidades lançadas foram de 2 dormitórios, 58% possuíam área útil menor do que 45 m² e 50% tinham preço total de até R$ 240 mil. As características que predominaram foram, principalmente, de imóveis econômicos enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida.
A retomada da confiança do consumidor, queda da inflação, diminuição da taxa de juros e crescimento do PIB são os principais indicadores que mostram a recuperação da economia. Pois os juros elevados encarece a parcela do financiamento. Além disso, a inflação alta, desemprego e restrição do crédito estão entre os principais fatores que fazem com que os consumidores adiem a decisão da compra do próprio imóvel.
"Tomando como base as expectativas dos empresários do setor imobiliário, aliadas aos dados do Boletim Focus do Bacen (Banco Central do Brasil), é possível estimar, para este ano, crescimento nas vendas de 5% a 10%. Em relação aos lançamentos, a estimativa é que poderão ficar próximos aos números de 2017, com maior diversificação dos produtos ofertados", anuncia Flavio Amary, presidente do Secovi-SP.
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